Lagarde chega ao Brasil em campanha pela gerência do FMI
Por Redação - de Brasília
Ministra das Finanças da França, Christine Lagarde desembarcou no Brasil, nesta segunda-feira, na primeira escala do giro entre os países emergentes, como parte de uma viagem para obter apoio para a chefia do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em uma entrevista a uma rádio francesa, ela afirmou que o Brasil é sua primeira parada porque foi o primeiro a convidá-la. Lagarde lançou oficialmente a candidatura para o principal posto no FMI na semana passada, para substituir o ex-diretor-gerente Dominique Strauss-Kahn, envolvido em uma série de acusações de abuso sexual.
Christine disse ainda que deve passar por China, Índia e países do Oriente Médio. Todos os líderes do G8 (países mais industrializados do mundo) dizem apoiar a ministra francesa, mas parte dos governos emergentes com os quais ela quer conversar aposta em outro candidato. Diversos destes países têm dito que o cargo no FMI deveria ir para um candidato de uma nação emergente, para refletir o peso crescente destes países no cenário global.
– Eu escolhi visitar as nações emergentes porque elas têm manifestado preocupação e frustração. Preocupação porque querem que a situação de suas economias seja reconhecida no Fundo e frustração porque o FMI tem tido diversos diretores-gerentes europeus e eles querem saber se os candidatos pretendem representar o interesse geral – afirmou.
Segundo a tradição, o posto de diretor-gerente do FMI tem ficado com um europeu, enquanto a presidência do Banco Mundial tem sido mantida por um norte-americano. Ao ser questionada se o posto no FMI deveria permanecer nas mãos dos europeus, ela afirmou que “quando você chefia o FMI você se torna um animal internacional porque você é responsável por todos os 187 países membros. Mas eu permaneço profundamente francesa e europeia pela cultura”.
Jay Carney, porta-voz do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que não anunciarão apoio a um candidato específico.
– Não irei além do que eu já disse. Nós apoiamos o processo que está sendo montado pelo FMI para encontrar um diretor, e apoiamos um processo que produza o melhor candidato possível – concluiu.
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