Silvio Santos coloca à venda o Baú da Felicidade mas quer manter o SBT
O empresário e apresentador de TV Silvio Santos anunciou ao mercado a venda do grupo empresarial que deu origem à fortuna, perdida em parte após a fraude bilionária que lhe custou o Banco Panamericano. A primeira empresa a ser vendida, segundo anúncio divulgado nesta quinta-feira, será o Baú da Felicidade, primeira de uma série de 30 firmas do Grupo Silvio Santos. Nenhuma outra, porém, identifica-se tanto com o seu fundador.
Em entrevista à jornalista Marina Gazzoni, do portal de internet iG, o vice-presidente do grupo, Lásaro do Carmo Junior, confirmou o plano de reestruturação com a venda do Baú, assim como da Braspag, passada para a Cielo nesta semana por R$ 40 milhões.
– Queremos focar em apenas três segmentos que nos interessam – afirmou.
O foco empresarial inclui o canal de TV SBT e outras 13 emissoras, na área de comunicação, e os segmentos de consumo e capitalização, nos quais a holding está presente com a Jequiti Cosméticos e com a Liderança Capitalização (que controla a Tele Sena). Junior quer fechar negócio com o Baú num prazo entre 60 e 90 dias. Espera-se que a saída da empresa faça com que o grupo chegue a uma receita de R$ 2,3 bilhões ainda este ano. Quem conduz as conversas é o Bradesco BBI. O Baú foi comprado por Santos em 1958, antes do nascimento do SBT. E atualmente é uma rede deficitária, dona de 137 lojas espalhadas por São Paulo e Paraná.
Panamericano
Tão logo Silvio Santos vendeu o Banco PanAmericano, a instituição apresentou lucro líquido de R$ 76,1 milhões no primeiro trimestre de 2011, após prejuízo de R$ 133,6 milhões registrado em dezembro de 2010, segundo balanço recentemente divulgado. No ano passado, foi descoberto um rombo nas contas do banco que chegou a R$ 4,3 bilhões. Inicialmente, o Grupo Silvio Santos pegou dinheiro do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), formado com recursos dos bancos para assegurar depósitos de clientes bancários em caso de quebra de instituições financeiras. Mas as irregularidades levaram à venda do controle da instituição financeira ao BTG Pactual, que assumirá a parte do grupo Silvio Santos. A Caixa detém participação no PanAmericano.
Segundo o balanço do PanAmericano, devido às irregularidades contábeis e de controles internos da época da descoberta do rombo, no ano passado, a nova administração da instituição optou por redefinir sistemas e controles.
Devido a essas mudanças, o banco preferiu não fazer comparações do resultado do último trimestre com períodos do ano passado. “Dada à inviabilidade de se reconstituir, de forma apropriada, as demonstrações financeiras anteriores a novembro de 2010, a nova administração não encontrou alternativa que não a de estabelecer uma nova base contábil confiável, através da elaboração de um balanço patrimonial especial de abertura, com informações obtidas por meio de um levantamento completo de todos os direitos e as obrigações da Companhia em 30 de novembro de 2010”.
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