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Cientistas voltam a estudar elo entre genética e crime

domingo, 26 de junho de 2011

COMPORTAMENTO

Cientistas voltam a estudar elo entre genética e crime

O assunto ainda suscita espinhosas questões éticas e políticas

Menos de 20 anos atrás, os institutos de saúde norte-americanos desistiram de financiar uma conferência sobre a ligação entre a genética e o comportamento criminoso depois de especialistas reclamarem que o evento faria apologia da eugenia. O presidente da Associação de Psicólogos Afro-Americanos, à época, declarou que o evento era “uma forma descarada de estereótipo e de racismo”
.
A arriscada aplicação da biologia para explicar o comportamento criminoso levou criminologistas a estudarem apenas fatores sociais, como a miséria, vícios corrosivos e armas. Agora que o genoma humano foi sequenciado, e cientistas começaram a estudar a genética de características tão variadas como o alcoolismo ou a filiação partidária, pesquisadores estão cautelosamente voltando ao assunto. Um pequeno grupo de especialistas está estudando como os genes podem aumentar o risco de indivíduos cometerem crimes e se um determinado traço pode ser herdado.
A reviravolta ficou evidente na última segunda-feira, 20, na reunião anual do Instituto Nacional de Justiça, nos EUA.  No dia de abertura do evento, criminologistas de todo o país participaram de um painel sobre a criação de bancos de dados com informações sobre DNA e os “novos marcadores genéticos” que cientistas forenses estão descobrindo.
“Ao longo dos últimos 30 ou 40 anos a maioria dos criminologistas não podia dizer a palavra ‘genética’ sem cuspir”, disse Terrie Moffitt, um cientista comportamental da Universidade de Duke.  ”Hoje, as teorias modernas mais convincentes sobre o crime e a violência levam em conta tanto os fatores sociais como os biológicos”.
Pesquisadores estimam que pelo menos 100 estudos já demonstraram que os genes desempenham um papel importante no comportamento criminoso. Mas os especialistas enfatizam que os genes são regidos pelo meio-ambiente, que pode estancar ou agravar impulsos violentos. Muitas pessoas com a mesma tendência genética para a agressividade nunca darão um soco sequer, enquanto outros podem se tornar criminosos de carreira.
O assunto ainda suscita espinhosas questões éticas e políticas. Uma prédisposição genética deve influenciar a sentença de um acusado? Testes genéticos poderiam ser usados ​​para criar programas de reabilitação sob medida para criminosos? Adultos ou crianças com um determinado marcador biológico para a violência devem ser identificados?
Os pesquisadores chegaram à conclusão de que não existe um “gene do crime”.  A maioria das pesquisas se concentra no estudo de traços herdados que podem estar associados a comportamentos antissociais, que por sua vez podem levar a crimes violentos.
Pesquisadores garantem que a sociologia não tem nada a temer da pesquisa genética e sustentam que as questões mais interessantes sobre o crime, como por que algumas comunidades têm uma maior taxa de criminalidade do que outras, não são rastreáveis ​ à genética. Para os especialistas, Quanto mais sofisticada a pesquisa genética, mais ela vai mostrar a importância do contexto social.
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