Nordeste da África enfrenta pior seca em 60 anos, diz ONU
Por Redação, com agências internacionais - de Genebra
A pior seca em 60 anos no Chifre da África, no nordeste do continente, causa uma grave crise alimentar e piora os índices de desnutrição, disse a ONU nesta terça-feira. Mais de 10 milhões de pessoas já estão sendo afetadas no Djibouti, Etiópia, Quênia, Somália e Uganda, e a situação vem se agravando, afirmou a entidade.
– Duas temporadas chuvosas ruins consecutivas resultaram em um dos anos mais secos desde 1950/51 em muitas zonas pastorais. Não há probabilidade de melhoria (na situação) até 2012 – disse a jornalistas Elisabeth Byrs, porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU.
Os preços alimentares subiram substancialmente na região, levando muitos lares moderadamente pobres da região para o abismo, disse ela. Um mapa produzido pela ONU para ilustrar a segurança alimentar no leste do Chifre da África mostra grandes áreas no centro do Quênia e da Somália na categoria de “emergência”, uma fase antes daquilo que a ONU classifica como catástrofe/fome generalizada.
A desnutrição infantil nas áreas mais afetadas supera 30 por cento, o dobro do limite mínimo da emergência, e deve subir ainda mais, disse Byrs. Ela disse que a mortalidade infantil também cresceu, mas não apresentou cifras.
Na Somália, um dos países mais pobres da África, a seca é agravada por conflitos armados, criando uma onda de 20 mil refugiados na direção do Quênia nas últimas duas semanas, disse a agência da ONU para refugiados na sexta-feira.
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