Frattini: Prisão de Hadzic abre portas da UE para a Sérvia
Por Redação, com Ansa - de Roma
Líderes da União Europeia e políticos das nações do bloco expressaram a satisfação pela prisão do antigo líder dos sérvios da Croácia, Goran Hadzic, nesta quarta-feira. Hadzic é acusado de crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII). Sua captura foi confirmada pelo presidente sérvio, Boris Tadic, em entrevista coletiva. Ele estava foragido há 16 anos e foi encontrado a cerca de 60 quilômetros de Belgrado, capital do país.
O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, afirmou, em meio a sua viagem à China, que a prisão, “abre as portas da União Europeia (UE) para a Sérvia” e que agora “não há mais desculpas para qualquer um negar à Sérvia o status de candidata à UE no segundo semestre”.
Frattini afirmou que Hadzic “era o último grande foragido” e que “a Itália sempre acreditou na capacidade de trabalho da segurança sérvia” para cumprir esse objetivo. Essa prisão, segundo o ministro, “é um resultado que compensa o esforço”.
Por sua vez, os presidentes da União Europeia, Herman Van Rompuy, da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e a alta representante para a UE, Catherine Ashton, declararam que este foi “mais um passo importante para a Sérvia realizar seus projetos em relação à Europa e um passo igualmente fundamental para a justiça internacional”.
“Parabenizamos a determinação da Sérvia e o empenho de sua liderança neste esforço”, afirmaram, em nota, os três líderes europeus. “A nação sérvia está a caminho de virar a página para um melhor futuro europeu. A plena cooperação com o TPII continua sendo essencial nessa jornada rumo à UE”.
Já a ex-procuradora-chefe do Tribunal Internacional de Justiça, em Haia, Carla Del Ponte, recebeu com satisfação o anúncio da prisão de Hadzic e afirmou que a captura foi um “grande feito da autoridade de Belgrado”.
Para ela, o episódio acelerou a entrada da Sérvia na UE e fez com o governo sérvio desse um “enorme passo em direção a um futuro pacífico e democrático do país. E isso tem um grande significado político”.
Há poucos minutos, o procurador-geral do TPII, Serge Brammertz, declarou que a estimativa para que a extradição do sérvio seja efetivada para Haia levará “de três a oito dias”. Hadzic é acusado de 14 crimes de guerra e contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, perseguição, deportação e destruição por seu envolvimento em atrocidades cometidas pelas tropas sérvias na Croácia.
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