SAÚDE
Obesidade pode reduzir expectativa de vida dos norte-americanos
Praticamente um cada três dos adultos dos Estados Unidos é obeso
A epidemia de obesidade norte-americana não tem esse nome à toa. Praticamente um terço da população adulta do país é formado por obesos. Em 2008, cerca de 25 milhões de norte-americanos sofriam de diabetes, de acordo com um estudo publicado no dia 25 de junho.
Ainda assim, a população está vivendo mais do que nunca. Em 2007, a expectativa de vida média era de 78 anos. Resta saber se a obesidade irá alterá-la.
Esse progresso na expectativa de vida mascara enormes disparidades locais. O Mississippi, por exemplo, tem uma expectativa de vida de 65,9 anos, a mesma dos homens do Paquistão, e 15, 2 anos menor que dos homens de Fairfax, na Virgínia. 702 condados norte-americanos registraram uma redução na expectativa de vida para as mulheres entre 2000 e 2007; 251 condados registraram um declínio significativo na expectativa de vida masculina.
Os avanços nacionais, no entanto, estão atrás dos registrados em outros países desenvolvidos. Um painel do Centro Nacional de Pesquisas recentemente passou a estudar a longevidade. Para as mulheres norte-americanas, um crescimento de 3,3 anos na expectativa de vida, entre 1980 e 2007, significou 60% das conquistas em outros países ricos.
Ainda não está claro se a obesidade terá um impacto maior no futuro. Com os avanços da medicina, os obesos podem ser capazes de levar vidas mais longas. Atualmente, os cidadãos mais obesos do país já se beneficiam de pontes de safena e drogas redutoras de colesterol. Os níveis de colesterol alto e pressões arteriais astronômicas, registrados em 1999-2000, eram metade dos registrados na década de 1960.
Mas isso é o máximo que o progresso médico consegue. Previsões feitas com base nos padrões antigos de mortalidade não levam em consideração as tendências entre os jovens. O desenvolvimento prematuro da obesidade pode trazer sérios problemas de saúde, como complicações renais, quando estes jovens se tornarem adultos.
James Vaupel, diretor do Instituto de Pesquisa Populacional da Duke University, duvida da ideia de que a obesidade possa reverter progressos futuros na expectativa de vida. Mais preocupante, diz ele, é o fato da obesidade crescente gerar níveis maiores de invalidez. Jay Olshansky, da University of Illinois, continua preocupado. “Temos um furacão prestes a varrer o país”, insiste ele, “e ainda não podemos vê-lo”.
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