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Polícia fecha duas principais fábricas de CDs e DVDs piratas do Rio

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Polícia fecha duas principais fábricas de CDs e DVDs piratas do Rio

Ao todo, sete pessoas foram presas, e cerca de 120 mil cópias piratas, de jogos, softwares, filmes, foram apreendidos

POR RICARDO ALBUQUERQUE
Rio - Policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) fecharam nesta quarta-feira as duas principais fábricas de CDs e DVDs piratas, que abasteciam o mercado do Centro do Rio. Ao todo, sete pessoas foram presas, e cerca de 120 mil cópias piratas, de jogos, softwares, filmes, foram apreendidos. A polícia investigava as fábricas há dois meses, mas, uma denúncia anônima colaborou com as investigações.
Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Pedro Jorge do Nascimento, 42 anos e Luis da Conceição, 50 anos, junto com materiais apreendidos no Centro do Rio | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
As fábricas funcionavam nas salas 902 e 1214 de um condomínio, na Avenida Passos. Entre os presos, três estavam nestas salas, enquanto outros quatro foram detidos próximo ao mercado popular da Rua Uruguaiana, também no Centro.

Entre os presos estão Ricardo Campos, 35 anos, encontrado na sala 1412, suspeito de fazer as reproduções; além de Luís da Conceição, 50 anos e Pedro Jorge do Nascimento, 42 anos, que estavam na sala 902. A polícia ainda procura o homem que paga o aluguel de uma das salas e mantém um box no mercado da Uruguaiana.

Os policiais encontraram na sala 1214, oito impressoras, 92 gravadores de CD e DVD e 6 matrizes. "Cada matriz grava as cópias piratas em profusão", afirmou o delegado titular da DRCPIM, Alessandro Thiers. Já na sala 902 foram encontrados milhares de pendrives, cada um contendo cinco jogos do videogame Playstation 3, que contém bloqueio para download na internet. Os acusados ainda parcelavam os jogos em 12 vezes sem juros.

Cada cópia era vendida por R$ 2 no atacado (ou seja, na fábrica) ou por R$ 5 no varejo (nos mercados populares). Segundo apuração da polícia, o custo de cada mídia não ultrapassava R$ 0,70. Além de reproduzir os jogos, programas e filmes, os acusados também produziam as capas dos CDs e DVDs.
"Existe a mística de que, quem compra não está cometendo crime, porque é um produto mais barato. Mas, é crime sim, de receptação, que pode levar a prisão por 1 a 4 anos. Já quem vende pode pegar até 8 anos de prisão", informou Thiers.

O delegado titular da DRCPIM divulgou contatos para denúncias de pirataria. Elas podem ser feitas pelo telefone (21) 2334-9742 ou pelo email alessandrothiers@pcivil.rj.gov.br.
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